O Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) pretende formar, este ano, 120.000 cidadãos, tendo já inscrito na sua grelha 80.788 e matriculados 39.802, em todo o país. A informação foi feita, em Luanda, pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.

Teresa Rodrigues Dias falava durante a abertura do ciclo formativo de 2024, do Sistema Nacional de Formação Profissional, onde estiveram presentes a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula de Sacramento Neto, os secretários de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, Administração Pública, Amélia Varela, Educação, Gildo Matias e o vice-governador de Luanda, Manuel Gonçalves.

A titular da pasta do MAPTSS esclareceu que os cursos leccionados pelo INEFOP são realizados por curta, média e longa duração, o que permite a inclusão de mais cidadãos ao longo do ano.

Dos 80.788 candidatos inscritos em várias especialidades formativas, 60.271 são do sexo masculino e 20.500 do sexo feminino.

Para este novo ciclo formativo, informou a ministra, o Sistema Nacional de Formação Profissional, conta com 162 centros de formação, tutelados pelo INEFOP, além destes, existem 1.444 instituições privadas e outras 36 de entidades públicas, tais como do sector dos Petróleos, Construção, Agricultura e Energia, elevando a rede formativa para 1.642 unidades.

A ministra considera que a qualificação do capital humano constitui um dos eixos fundamentais para o desenvolvimento socioeconómico do país, por esta razão, é uma acção prioritária, prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027).

Para o alcance dos grandes objectivos do sector, no domínio da formação profissional, destacou que será dada sequência ao processo de expansão, requalificação e modernização da rede de centros, designadamente por Escolas Rurais de Capacitação e Ofícios, Centros Integrados de Formação Tecnológica e Pavilhões de Formação Profissional, de todo o país.

O PDN 2023-2027 prevê, ainda, a promoção, capacitação e superação constante dos formadores, assim como a concretização e a aproximação do Sistema Nacional de Formação Profissional às empresas, como mecanismo de ajustamento dos perfis de saída às reais necessidades do mercado de trabalho.

A meta estabelece uma Academia Nacional de Programação na área de Informática, que vai desenvolver uma plataforma digital para a formação e aprendizagem on-line, assim como o acesso a tele aulas, nas zonas onde o sistema elétrico justifique a implementação da mesma.

O plano vai criar, também, iniciativas de aceleração profissional, face às novas tendências de desenvolvimento econômico e social, visando o reforço do perfil profissional dos cidadãos, por via da superação técnica e tecnológica.

Está inserida a promoção e inclusão de pessoas com deficiências, assim como o incentivo da participação das mulheres, através do Programa de Empoderamento Feminino e intensificar a formação profissional nos estabelecimentos prisionais.

Expansão das infra-estruturas

A ministra anunciou que no âmbito da expansão e dinamização das infra-estruturas formativas, foram concluídas as obras do Centro Integrado de Formação Tecnológica do Huambo (CINFOTEC), inaugurado em Janeiro de 2024, pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

O centro é o terceiro maior do país, conta com 30 laboratórios, seis oficinas, tem capacidade de albergar 1.432 formandos, em dois períodos.

O CINFOTEC é considerado um centro de referência, vocacionado para a formação profissional, prestação de serviço e consultoria, nas áreas tecnológicas, de informação e comunicação, electricidade, energias renováveis e mecatrónica, mecânica e metrologia.