Um total de doze estudantes com deficiência áudio e visual, receberam, em Luanda, certificados do Iº curso de Informática, realizado no Centro de Reabilitação Profissional de Viana.

A iniciativa faz parte de um projecto de inclusão social, que o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), em parceria com o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) levam a cabo, em todo o país, tendo nesta primeira fase, contemplado um curso específico para pessoas cegas e míopes.

O curso teve a duração de 45 dias, tendo como lema “A Formação Profissional, Moderna e Inclusiva, a Chave para o Desenvolvimento”, o objectivo foi resgatar a verdadeira causa social do Centro de Reabilitação Profissional de Viana, que consiste em atender as necessidades das pessoas com deficiência.

Durante o encerramento do curso, o director-geral do INEFOP, Manuel Mbangui disse que a formação  se enquadra nos projectos, que o instituto tem em carteira,  realçando que o propósito é atingir mais de 1.500 pessoas com deficiência áudio e visual, na área de Informática, Secretariado Executivo e Braille.

“Pretendemos trabalhar com os formandos, numa componente transversal que é de empreendedorismo, porque se quisermos uma sociedade inclusiva é preciso preparar com qualidade todas as pessoas para o mercado de trabalho, atendendo a sua exigência”, disse.

Manuel Mbangui destacou que a iniciativa começou de forma piloto em 2020, com o objectivo de formar as pessoas com deficiência, tendo começado com deficientes auditivos, surdos e mudos, hoje com pessoas com deficiência áudio e visual.

O director realçou que o INEFOP neste momento tem mais de 161 centros profissionais em todo o país que recebem todas as pessoas.

Manuel Mbangue explicou que o INEFOP está a fazer investimentos de equipamentos e meios, essencialmente, no domínio de softwares e hardwares adaptados para as pessoas com deficiência.

“Este trabalho está também a ser realizado com o apoio da Associação Nacional das Pessoas com Deficiência Visual (ANCA), que tem proporcionado condições para disseminar mais  o programa”, disse.

O director-geral do INEFOP frisou que a responsabilidade do projecto é acrescida, porque além da componente formação, estão a trabalhar para os programas de estágios profissionais. “Através do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE).

Relevou que os estágios profissionais, desde o seu lançamento, já contemplou mais de seis mil pessoas. Nesse momento, está em fase de redefinição do programa e continuidade do mesmo, que terá condições para apoiar as pessoas com deficiência.

O dirigente salientou que dos 12 alunos que terminaram a formação, vão ser contemplados com estágios profissionais em empresas privadas, nas diversas áreas de formação.

O desafio da inclusão, disse, não se limita apenas, pela preparação das pessoas na inserção do mercado de trabalho. O desafio maior tem a ver com a criação da mobilidade das pessoas, por isso, está ser feito um trabalho com o Ministério da Acção Social Família e Promoção da Mulher, com objectivo de fazer a advocacia junto das entidades competentes e facilitar o processo.