O ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato garantiu, no Cuando Cubango, que o Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), vai contribuir para o aumento da renda familiar e a redução da pobreza no país.

Jesus Maiato falava durante o lançamento do PAPE e assegurou que com a  criação de  mais de 250 mil postos de trabalho até 2021, o plano vai promover a formalização de pequenos negócios e a reconversão da economia informal.

Na primeira fase do lançamento do PAPE, foram beneficiados 170 cidadãos, com micro créditos nas distintas modalidades, apetrechados 17 projectos como oficinas, salão de cabeleireiro e alfaiatarias, bem como a distribuição de carteiras profissionais a 25 cidadãos.

O ministro apelou aos primeiros beneficiários, a serem um exemplo, para que além do uso racional dos meios concedidos, possam estimular a candidatura dos demais cidadãos..

O projecto vai dar um período de carência ou de graça de três  meses, para que os empreendedores fiquem sem pagar ao banco, com uma taxa de juro de um por cento. Depois terão um ano para devolverem o crédito, mas caso não conseguirem neste período, podem renegociar com o banco e alargar o prazo.

O PAPE tem como objectivo dinamizar um conjunto de acções, actividades e projectos que visam estimular o surgimento de mais de 250.000 novos postos de trabalho no  mercado de emprego, contribuindo assim para estabilidade dos empregos criados e a redução dos níveis de desemprego.

O plano visa complementar os esforços do Executivo, no compromisso da implementação de programas, que contribuem para o aumento dos níveis de empregabilidade, como mecanismos de combate a pobreza e a exclusão social.

O ministro referiu que a província do Cuando Cubango foi escolhida para o lançamento do PAPE, pelo seu potencial do capital humano e económico, que uma vez aproveitados vão contribui para a redução dos níveis de desemprego, que está com uma taxa de 30,1 por cento.

Reconheceu que o pais, vive um momento particular e desafiante nos domínios económico e social, em que o cenário macroeconómico estima para uma taxa de crescimento do PIB de 0,4 por cento, e os indicadores de confiança nos diferentes sectores de actividade económico continuam decrescentes afectando, de certa forma, a paz social.

Com vista a reverter o quadro, apontou, várias têm sido as medidas adoptadas pelo Executivo, dentre as quais destacam-se, o Programa de Apoio ao Crédito (PAC), Programa de Apoio a Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) e o Programa de Privatização das Empresas detidas pelo Estado.

“Todos estes programas estão alicerçados num ambiente de reformas administrativas, com vista a simplificação do processo de criação de empresas, desburocratização, melhoria do ambiente de negócios e redução da intervenção do Estado na economia”, referiu.

Lembrou que os dados sobre o emprego e desemprego em Angola, publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre deste ano, apresenta um cenário preocupante com a taxa de desemprego, ao afectar 29 por cento da população economicamente activa.

No entanto, prosseguiu, com um contexto favorável para a sua reversão, tendo em consideração a existência de uma população activa maioritariamente jovem e com capacidade de empreender, inúmeros recursos naturais por aproveitar, bem como de explorar novas oportunidades de negócios, num mercado de consumo estimado em 30 milhões de habitantes, é oportuno o surgimento do PAPE.

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