O secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social, Manuel Moreira informou, ontem, em Luanda, que mais de 60 por cento da população angolana tem emprego, mas a sua maioria está inserida no trabalho informal.

O secretário de Estado explicou que os dados publicados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam que 28,5 por cento da população angolana é desempregada, perfazendo cerca de mais de três milhões de habitantes nesta condição. Fazendo uma leitura inversa, Manuel Moreira considera que tendo em conta a taxa de actividades realizadas pela população está concentrada em actividades como moto táxi, empregadas domésticas, taxistas, cobradores, lotadores, engraxadores, recauchutadores, entre outros.
Estas actividades realizadas no mercado informal, são feitas por pessoas que têm renda mensal ou diária, mas o que ganham não se reflecte na economia real.

Manuel Moreira falava durante a apresentação do Plano de Acção para à Promoção da Empregabilidade (Pape) ao Governo Provincial de Luanda (GPL) e seus administradores municipais.

Referiu que o Executivo assumiu como um dos eixos de actuação a implementação de programas que visam o aumento dos níveis de empregabilidade, como mecanismo de combate a pobreza e a exclusão social.

Além disso, existe o compromisso da criação de cerca de 500,000 postos de trabalho, que deverão ser criados e absorvidos pelo sector produtivo da economia e não pela administração pública como muitas vezes se afirma.

Segundo estimativas do relatório de fundamentação da proposta para o OGE de 2019, perspectiva-se que a economia angolana cresça 2,8 por cento, como resultado do crescimento de 3,1 por cento no sector petrolífero e de 2,6 por cento no sector não petrolífero, de igual modo, as projecções apontam a inflação anual de 19,7 por cento até finais de 2018. Em 2019 pretende-se atingir uma taxa de inflação de 15 por cento.

O secretário de Estado disse que os empregos além de gerarem riquezas e melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) do país, tem reflexos na vida do próprio funcionário, apontou como um dos ganhos a sua inscrição na Segurança Social, por isso, além de se trabalhar para a diminuição da taxa do desemprego, é preciso trazer também grande parte das actividades realizadas na economia informal para a formal.

“Estamos a criar condições para que as pessoas possam exercer uma actividade regular e legal, sem precisar fugir da Polícia ou fiscais. Essa situação vai ainda garantir a reforma destes trabalhadores depois de serem inscritos no INSS”, garantiu.

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