Os trabalhadores da empresa Zhongahengtaldemonstraram estar agastados com as condições de trabalho, sobretudo da falta de segurança e saúde no trabalho.

Explicaram que quando alguém sofre algum acidentede trabalho, só pode ficar três dias de repouso médico, sendo obrigado a ir trabalhar mesmo estando ferido.

Os trabalhadores, que não queriam ser identificados, reclamaram das temperaturas durante o serviço e sem protecção adequada, porque correm muito risco de vida.

Explicaram que o trabalhador que tentar folgar é descontado directamente no salário e por esta razão, muitos preferem trabalhar todos os dias para não serem penalizados.

Viegas Armando é um dos trabalhadores da ZAHT, há três meses, como produtor de líquidos para varões. O jovem reclama da falta de equipamentos individuais, que apenas é dada em alguns efectivos, quem trabalha na condição temporária não recebe e tem de pagar ou ser descontado no salário.

“Não é justo porque trabalhamos na mesma área e sofremos os mesmos danos. Muitos sofrem queimaduras, outros são apertos pelo ferros ou máquinas, que acabam por causar lesões graves ao corpo”, lamentou.

Viegas Armando recebe um salário de 99 mil kwanzas por mês, com um subsídio de 800 kwanzas, mas tem detrabalhar durante os sete dias da semana, sem folga, para não ser descontado.

O jovem disse que trabalhar na fábrica é um risco de vida. Aguenta a situação por ser o único meio de sobrevivência. Além das péssimas condições, os responsáveis da empresa maltratam os trabalhadores,inclusive as necessidades maiores e menores são feitasa céu aberto, no capim.

O outro jovem, Agostinho Bingo, técnico metalúrgico, desde 2022, disse a nossa reportagem que os trabalhadores são despedidos sem grandes razões, e por vezes agredidos fisicamente.

O seu salário é de 2.500 kwanzas por dia, incluindo o subsídio de alimentação de 800 kwanzas, mas que considera insuficiente, porque tem de suportar uma temperatura de 1.500 graus todos os dias.

Os equipamentos que usam, disse, é apenas o capacete e a viseira, mas que tem sido insuficiente, porque danificam com rapidez.

“Os colegas não efectivos são os que mais sofrem com a ausência de equipamentos, porque têm de pagar, na medida que forem levantar, só uma bota pode lhes custar 6.000 kwanzas”, revelou.

Zhongahengtal não quis prestar declarações

Diante dos factos apurados e denunciados pela IGT, a empresa Zhongahengtal preferiu manter no silêncio, sem dar nenhum esclarecimento aos órgãos de comunicação.

A empresa é transformadora de aço e de outras matérias primas, durante a visita de inspecção foram identificadas duas empresas subcontratadas, nomeadamente, a YANGO, que presta serviços de soldadura e a Pu Construção Civil, encarregue de construir alguns compartimentos da fábrica.