O Banco Mundial disponibilizou 250 milhões de dólares ao Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) para ajudar a fomentar o emprego a mais de 500 mil jovens do país, durante cinco anos.
A informação foi divulgada sexta-feira pelo director-geral do INEFOP, Manuel Mbangui durante a auscultação pública do projecto de Emprego e Oportunidades para os Jovens em Angola.
Manuel Mbangui explicou que o programa visa aumentar as oportunidades de acesso ao emprego e tem como base o relatório do diagnóstico desenvolvido pela Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP).
Para a elaboração do projecto, referiu, estão estruturadas as principais componentes das iniciativas, mas considerando que se tratam de políticas públicas, com impacto directo na juventude, o INEFOP entendeu levar à cabo esse processo de auscultação.
Dos 500 mil jovens que serão abrangidos no programa, 38 por cento deste número está reservado para as mulheres e seis por cento para pessoas com deficiência física.
Sobre a situação do emprego em Angola, Manuel Mbangui explicou que de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 3,5 milhões de jovens estão em situação de desemprego, um quadro que remete a necessidade de implementar de forma inclusiva e responsável o fomento ao emprego.
O director-geral do INEFOP esclareceu que o projecto vai dar prioridade as áreas genéricas, com foco alinhado ao Plano Nacional de Desenvolvimento, concretamente, nos sectores da Agricultura, Construção Civil, Comércio e Serviços.
Critérios de selecção
Em relação aos critérios de selecção, Manuel Mbangui revelou que será definido após o término do processo de auscultação, lembrando que o factor idade vai ser determinante.
Na ocasião, o director do Gabinete Económico Integrado do Governo Provincial de Luanda, Dorivaldo Adão informou que a instituição que dirige tem desenvolvido um conjunto de programas que visam, essencialmente, reduzir a taxa do desemprego, que inclui o ordenamento do comércio, onde são chamados jovens com ideias inovadoras que ajudam, de certa forma, a melhorar a condição de vida dos cidadãos.
Um dos jovens que esteve no programa de auscultação, José Ribeiro, habilitado com o curso de energias renováveis, considera que o projecto é uma mais-valia, porque demonstra a intenção do Executivo em procurar saber aquilo que realmente os jovens pensam e pretendem.
Delcia Caleia, também formada no curso de energias renováveis, reconhece que o processo de auscultação é uma oportunidade para as pessoas que se encontram no desemprego.