O presente ano formativo, segundo a ministra, coincide com a operacionalização do Fundo Nacional do Emprego (FUNEA), criado pelo Decreto presidencial n.º 133/23, de 1 de Junho.

O FUNEA, disse, tem como objectivo principal garantir os recursos financeiros necessários para promover a inserção dos recém-formados e desempregados no mercado de trabalho, através da concessão de empréstimos e outros incentivos com fundo perdido.

Teresa Rodrigues Dias anunciou que o fundo vai financiar projectos de entidades do Sistema Nacional de Formação Profissional, garantir financiamentos reembolsáveis às micro e pequenas empresas, assim como dar apoio ao emprego e ao auto-emprego, através de linhas de crédito, junto de instituições financeiras e outras acções que se mostrarem relevantes para a materialização destas políticas.

Esclareceu que o modelo de financiamento do Sistema Nacional de Formação Profissional contempla, além do Estado e outras entidades públicas, a

intervenção das empresas privadas, pois, são agentes activos da dinamização das acções deste sistema, uma vez que absorvem os cidadãos formados, nas diversas especialidades.

Nesta conformidade, salientou, o Executivo tem gizado um conjunto de iniciativas para a garantia desta intervenção que seguem consolidadas nas medidas prioritárias das políticas de emprego, previstas na Agenda Nacional para o Emprego.

Por está razão, justificou, ontem, foi realizada a entrega de 144 kits profissionais, com os respectivos equipamentos de segurança individual, voltados ao exercício de diversas profissões, como Canalização, Carpintaria, Mecânica-Auto, Soldadura, Corte e Costura e outras.

A ministra reiterou a vontade do Executivo, em fazer tudo para continuar a garantir a justiça social, através da implementação das diversas políticas centradas na formação profissional, assim como a promoção do auto-emprego e o empreendedorismo.

Feitos alcançados pelo INEFOP em 2023

A ministra realçou que no ciclo formativo de 2023, o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional realizou vários cursos de curta, média e de longa duração, cujos desafios foram centrados em melhorar a oferta formativa, assim como a expansão da rede de centros, em todo o país.

Em 2023, o ciclo encerrou com 88.671 cidadãos formados, dentre os quais, 926 reclusos e 353 pessoas com deficiência, evidenciando assim, os esforços do Executivo, na ressocialização daqueles que em determinada altura do seu percurso de vida, entraram em conflitos com a lei, assim como a inclusão social das pessoas com deficiência.

Vice-governador enaltece importância da formação

Na ocasião, o vice-governador para o sector Político e Social, Manuel Gonçalves considera que a qualificação do capital humano constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento socioeconómico, assim como uma ferramenta para a qualificação dos quadros nacionais.

O mercado de trabalho, referiu, é um cenário dinâmico e em constante transformação, moldado por uma variedade de factores, como o avanço tecnológico, mudanças económicas e tendências sociais.

Realçou que para prosperar neste ambiente competitivo e por vezes de incerteza, é crucial a busca incessante do conhecimento, o aprimoramento das habilidades e competências dos indivíduos, tornando-os mais preparados e eficazes nas suas actividades profissionais.

Manuel Gonçalves disse que investir na formação profissional, não serve apenas para abertura de portas de novas oportunidades, mas também capacita e faz a diferença no mercado de trabalho.

O vice-governador apelou, igualmente, aos jovens, a quem maioritariamente é dada as oportunidades, que o conhecimento é um tesouro que se acumula ao longo da vida e o estudo é uma forma de adquiri-lo.

“É preciso semear, motivar habilidades, agregar conhecimentos, e só assim, colher a flor da realização pessoal e profissional”, destacou.