O Executivo, através do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), concedeu, ontem, nas províncias do Bengo e Zaire, microcréditos avaliados em mais de 100 milhões de kwanzas, a várias cooperativas e empresários individuais.
A acção faz parte da Agenda Nacional para o Emprego, que lançou, recentemente, o Programa de Apoio as Iniciativas Geradoras de Emprego e Renda.
Pedro Filipe realçou que a entrega dos microcréditos, fazem parte das acções orientadas pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, aprovada na Agenda Nacional para o Emprego.
Este programa, destacou, vai dar prioridade ao sector produtivo e a economia real, portanto, as pescas também fazem parte, sendo que os municípios do Nzeto, Ambriz e Barra do Dande, são potenciais fortes para o desenvolvimento pesqueiro.
O secretário de Estado apelou aos beneficiários a investirem na produção e criar mais empregos. Prometeu que o Executivo vai continuar a potenciar as iniciativas dos empreendedores, para que a economia seja mais forte e sustentável.
Alertou ser importante que os beneficiários devolvam os créditos, para que mais angolanos sejam beneficiados e todos vivam com dignidade.
“Precisamos ajuda de todos para inverter o quadro do desemprego, infelizmente, ainda tem muitos jovens nestas condições, assim como sem formação profissional”, lamentou.
Pedro Filipe assegurou que o Executivo pretende dar mais oportunidades aos jovens, no sentido de terem oportunidades de empregos, inclusive os que terminam a formação académica, para serem inseridos nos Estágios Profissionais.
Importa realçar, que o referido plano tem como objectivo promover, fomentar e apoiar o espírito empreendedor, contribuir para a melhoria do rendimento familiar, incentivar o cooperativismo juvenil e valorizar o exercício das profissões.
Na ocasião, o vice-governador do Zaire para o sector Político Social e Económico, Nzola Messu destacou que a entrega de microcrédito a cinco cooperativas e 50 particulares, vai garantir maior equilíbrio económico e contribuir para a sua diversificação.
Nzola Messu disse que o Fundo de Garantia de Crédito, uma instituição financeira, não bancária, criada para facilitar o acesso ao crédito as empresas e empresários que não conseguiam no sistema financeiro por falta de garantia, veio para dar soluções a muitos problemas.
Explicou que o objectivo é financiar as micro, pequenas e médias empresas com projectos viáveis.
O vice-governador enalteceu o programa do PAPE por ter sido um caminho significativo para a promoção da empregabilidade na província e espera que seja contínuo.
O dirigente anunciou que o PAPE distribuiu 1.792 Kits profissionais em diversas especialidades, concedeu 635 microcréditos e 385 jovens beneficiaram de estágios profissionais, tendo gerado 11.118 postos de trabalho.
Em relação a formação profissional, revelou, que o Zaire conta com quatro unidades
formativas, localizadas nos municípios de Mbanza Congo, Soyo, Nzeto e Cuimba, além de um em construção no Tomboco, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Nzola Messu realçou que a província beneficiou de outros programas de créditos financiados pelo Executivo e de outras instituições privadas. “Encorajamos a todos a
investir no real objectivo, para desenvolver a nossa economia”, alertou. O director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP),
Manuel Mbangui considera que a luta pelo desenvolvimento de Angola, deve ser contínua, daí a aposta do Executivo na promoção da empregabilidade.
Realçou que a Agenda Nacional para o Emprego vai acelerar as políticas de emprego, por isso, trabalham com vários parceiros para o seu sucesso. Manuel Mbangui alertou que os beneficiários dos microcréditos têm até três meses sem devolver o crédito, com uma taxa de juro 1.67, ainda com a possibilidade de formações para receberem orientações de como gerir o negócio.
Cooperativas satisfeitas com o apoio
O responsável da cooperativa Bulukievala, Francisco António disse que a sua empresa
desenvolve serviços de pesca e futuramente vai apostar na agricultura.
O proprietário garantiu que com os 5 milhões de kwanzas, vai investir em materiais de
pescas e ampliar o negócio.
Francisco António disse que a cooperativa tem 21 membros, foi criada em 2019, mas
com o surgimento da Covid-19, os trabalhos só começaram efectivamente em 2021.
A responsável da Cooperativa JJ, Conceição Manuel revelou que a sua empresa
trabalha em pesca, mas a intenção é ampliar o negócio e empregar mais cinco pessoas.
A jovem garantiu que o negócio tem sido rentável, com o dinheiro recebido,
pretendem comprar um novo motor para o barco. José Neves pertence a Cooperativa JPN, composta por 20 pessoas e receberam seis milhões de kwanzas, devido o plano de negócios.
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