O secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe defendeu, hoje, em Luanda, que os cursos de formação profissional, devem estar ajustadas a realidade e as exigências das empresas.
O secretário de Estado falava durante as primeiras Jornadas Técnico Científicas da Formação Profissional, que decorreu durante os dias 12 e 13 de Setembro, no CINFOTEC Rangel.
Pedro Filipe sublinhou que os profissionais que passam pelos centros profissionais, para estarem ajustados aos interesses das empresas, é preciso que elas estejam envolvidas no processo de formação e na definição dos objectivos.
Nos últimos dias, disse, tem se dado muita atenção a qualidade dos profissionais, cujo principal propósito é contribuir para uma melhor qualificação, para não estarem ultrapassados com a realidade de outros países.
Pedro Filipe revelou que o soldador, carpinteiro e electricistas formados nos centros, tem de estar em condições de trabalhar como qualquer outro profissional do mundo. Por isso, o Executivo trabalha intensamente para melhorar as qualificações, adoptar o Sistema de Formação Profissional a uma estrutura robusta, para que sejam os melhores.
O mundo tem estado a falar sobre a segurança energética, realçou, por isso, tem de se preparar os profissionais a trabalharem a altura dos novos investimentos de barragens e outros do país.
INEFOP quer implementar subsídios para os formandos
O director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) pretende apresentar, nos próximos dias, uma proposta ao Executivo, para a implementação de subsídios de aprendizagem para os jovens que frequentam os cursos de formação profissional.
Manuel Mbangui que falava durante a abertura das primeiras Jornadas Técnico Científicas da Formação Profissional, disse que a iniciativa surge com base a várias estratégias para acabar com o elevado nível de desistência dos jovens nos centros, em especial das zonas rurais do Sul e Norte de Angola.
Ao discursar na abertura das primeiras Jornadas Técnico-Científicas de Formação Profissional, o responsável salientou que em determinadas épocas do ano, no Sul do país, os jovens desistem da formação para cuidarem do gado da família, enquanto no Norte se dedicam à produção de carvão e outras actividades agrícolas.
Essa situação, revelou, levou a instituição a reflectir na criação deste projecto, como forma de ajudar a mitigar o nível de desistência. O projecto vai ser também implementado em alguns institutos legalizados, apesar de no momento não terem meios por falta de financiamento.
O director do INEFOP considerou que as jornadas técnico científicas constituem uma importância para as acções da instituição, fundamentadamente, para a formação profissional, por contribuir com o desenvolvimento social e os desafios de promoção para um ensino de qualidade, ajustado às necessidades da indústria e competências a nível do mercado de trabalho.
Entre os objectivos, acrescentou, consta, também, a adopção de estratégias para responder, acima de tudo, aos principais desafios da indústria moderna, que tem a ver com a energia.
A nível dos mais de 302 cursos existentes na plataforma da formação profissional, destacou, cerca de 15 por cento atendem o sector energético.
Esclareceu ainda que essa percentagem, representa um grande desafio assumido há quatro anos pelo INEFOP, uma transição que começou com a implementação de alguns cursos na área da energia limpa.
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