A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias defendeu, hoje, em Luanda, que os postos de trabalho do sector petrolífero, devem ser preenchidos com a mão-de-obra angolana.
A ministra falava durante a abertura do primeiro “Workshop” sobre Soldadura Industrial, que teve com o tema “Soldadura, um Factor de Desenvolvimento da Industria Angolana”, organizado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Teresa Rodrigues Dias destacou que o encontro, realizado na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), está alinhado a estratégia de angolanização da indústria, com enfoque no sector petrolífero, para que passa, essencialmente, pela elevação do nível técnico e profissional do capital humano, assim como estar à altura das exigências do mercado.
A ministra ressalvou que está na hora de preencher os postos de trabalho, criados no sector industrial, com recurso a força de trabalho capacitada localmente, para o efeito, defendeu a urgência de mobilizar os actores relevantes neste processo para uma reflexão em torno dos caminhos a percorrer.
“Elegemos a soldadura como o ponto de partida, sem prejuízo da identificação de outras áreas. Assim, lançamos um repto às empresas e as instituições com vocação para a formação de quadros, para que possamos acelerar o processo de actualização dos planos curriculares, formação técnica de formadores e certificação internacional.
A governante espera que deste encontro, resultem indicações concretas para elevar o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) ao restrito clube de entidades certificadoras, a fim de, facilitar os demais actores que queiram ministrar a formação profissional neste domínio.
Para tal, realçou, espera contar com a participação do sector privado, pois, desta forma estarão a contribuir de forma decisiva para maior eficácia e eficiência dos processos.
A ministra revelou que nesta fase, já existe uma rede de 161 Centros de Formação Profissional espalhados pelo país, incluindo o Centro Integrado de Formação Tecnológica do Huambo (CINFOTEC), que será inaugurado brevemente, que dispõe de equipamentos e meios a altura dos desafios do ramo da indústria.
Na área de soldadura, disse, o INEFOP conta com uma oferta formativa de grande qualidade nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Lunda-Sul, que podem servir de ponto de partida para o processo de reconhecimento dos referidos cursos.
Igualmente, disse, vai se continuar a desenvolver acções, no sentido de garantir a modernização das unidades formativas do Sistema Nacional de Formação Profissional, adequando as práticas pedagógicas e formativas às exigências do mercado de trabalho, permitindo maior aproximação entre o mundo do trabalho e os sistemas de ensino e aprendizagem.
Teresa Rodrigues Dias lembrou que recentemente, foi dado início a implementação do Sistema Nacional de Qualificações, com a institucionalização do Instituto Nacional de Qualificações, estando desde já, disponíveis oito qualificações elaboradas, entre elas, um na área de metalomecânica, numa perspectiva de suporte a indústria.
Principais medidas a ter em conta
A ministra do MAPTSS pretende garantir a materialização de uma série de medidas, com principal enfoque num maior alinhamento entre as empresas públicas, privadas e os centros de formação profissional.
Deve ainda adoptar estratégias para a inserção de jovens angolanos no sector industrial, por via da formação profissional de qualidade, alinhadas com as melhores práticas internacionais.
Para o fortalecimento das medidas, destacou, é preciso encontrar estratégias para expandir e modernizar os centros de formação profissional, assim como adoptar os mesmos de formadores altamente qualificados.
Consiste também em estabelecer parcerias com as instituições certificadoras de soldadura para acreditação internacional dos centros e contextualizar os processos, tendo em conta as exigências do mercado.
O processo deve reconhecer e valorizar a mão-de-obra na área de soldadura, através de processos de certificação dos diferentes aprendizados, como factor de desenvolvimento da indústria angolana.
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