Manuel Mbangui garantiu que para formação especializada não vai ser necessário criar turmas adaptadas, porque os cursos podem ser feitos em salas, apenas sendo necessário as pessoas com deficiência que queiram fazer Carpintaria e Serralharia.
“Nessa primeira fase, avançamos com o modelo de salas específicas, mas não pretendemos continuar assim, todos os nossos formadores vão ser treinados para formarem pessoas com deficiência, independentemente da patologia, para facilitar o processo de inclusão”, disse
O director do INEFOP sustentou que não se pode apenas criar turmas específicas, porque podem não ter a capacidade de realizar cursos, justificando que em alguns municípios, é possível encontrar apenas dois três ou quadro pessoas com deficiência, por esta razão, não conseguirmos formar uma turma, mas se avançarmos com essa perspectiva, fica mais fácil formar de forma inclusiva.
Na ocasião, o presidente da Associação Nacional dos Cegos de Angola (ANCA), Manuel Quental, enalteceu a iniciativa e considera que os deficientes audiovisuais começaram a ter o reconhecimento merecido.
Destacou que eles vão passar a ter domínio das novas tecnologias, que antes era difícil. Hoje acabam de tornar este sonho em realidade, graças ao apoio do INEFOP.
“O mundo está cada vez mais inclusivo e as novas tecnologias também tem estado a ajudar para uma melhor inclusão, tanto na sociedade e como em particular para o mercado de trabalho. Pois sem o domínio das novas tecnologias, é quase impossível desempenhar ou cumprir com dedicação as missões que serão incumbidas”, disse.
O administrador adjunto para área Politica e Social do município de Viana, Paulo Maka Nzade disse ser comovente, admirável e motivo de regozijo ver a conquista obtida por estes “guerreiros”, filhos da Pátria angolana.
O director do Centro de Reabilitação Profissional de Viana, Elias Constantino explicou que o curso teve uma carga horária de 130 horas por dia.
“Os formandos aqui aprenderam aquilo que outras pessoas aprendem nos cursos de informática, por exemplo, as especialidades do Word e Excel, em suma, todos os pacotes que um curso de informática deve oferecer, mas utilizando um Software apropriado para pessoas com deficiências visuais”, disse.
Elias Constantino frisou que o Software instalados nos computadores, permitiu de forma geral a aquisição de conhecimentos, utilizando tabelas informáticas, aspectos estes inerentes ao exercício de um profissional na área de informática, fazendo com que as pessoas com deficiência tivessem está componente.
Realçou que como experiência piloto, foram beneficiados 12 formandos, daqui para frente vão ser realizados outros cursos, como o de secretariado informatizado, agregado a um módulo que vai ser o empreendedorismo, no sentido de não só formarmos mais também ajudar para que eles formem os seus negócios, o auto emprego e o cooperativismo.
Elias Constantino disse que, o Centro de Formação Profissional, depois desta experiência já prepara o segundo curso, já existe alunos inscritos e formadores estão a receber subsídios para ministrar as próximas turmas. Futuramente o Centro vai ministrar o curso de secretariado executivo, assim como o curso de contabilidade informatizada.
O director do Centro Profissional de Viana revelou que ao decorrer do Iº Curso de Informática, os alunos enfrentaram várias dificuldades, principalmente, os formandos sem meios de transporte para se locomoverem do centro para casa e vice-versa.
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