A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social defendeu, ontem em Luanda, mais diálogo entre as entidades empregadoras e os trabalhadores, no sentido de se evitar greves desnecessárias.

Teresa Rodrigues Dias falava durante o final de uma visita as instalações dos parceiros sociais, que teve como objectivo constatar as condições de trabalho e estreitar os laços,  conforme recomenda a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A ministra considera que a falta de diálogo não é benéfica para ninguém, muitas das vezes as greves acontecem por falta disso.

A titular do MAPTSS referiu que a comunicação também deve partir dos órgãos do Estado, por isso, surgiu a ideia de visitar, pela primeira vez, as instalações onde os parceiros sociais trabalham, no sentido de constatar como estão acomodados, saber das suas reais preocupações, relativamente a interação com o Governo e apresentar as macro políticas do Executivo, que têm necessariamente de andar em conjunto com todos implicados.

“Estamos satisfeitos com a interação que viemos à busca, será uma mais-valia para os próximos desafios”, revelou. 

Teresa Rodrigues Dias destacou que a falta de comunicação cria sempre estrangulamentos, por isso, é sempre bom saber ouvir. Considera que todas as partes integrantes têm de dar contribuições, para que no final das contas, haja um documento em que todos se revêem.

Durante a visita, a ministra visitou a Associação Industrial de Angola (AIA), Força Sindical de Angola, Camara de Comércio e Indústria em Angola, União Nacional dos Trabalhadores Angolanos, Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres em Angola, e a Federação das Mulheres Empreendedoras de Angola.

Na ocasião, o presidente da Força Sindical Angolana, Cleofas Venâncio disse que o seu pelouro tem constatado várias preocupações dos trabalhadores, sobretudo no que concerne a Lei Geral do Trabalho, mas a ministra garantiu que haverá alterações em breve,  faltando apenas a aprovação na Assembleia Nacional.

“Estamos preocupados com os trabalhadores que fazem offshore, a actual lei não está bem explicita, no que concerne às férias e o descanso.

O secretário-geral da CG-SILA, Francisco Jacinto agradeceu a iniciativa e a inovação da ministra, por ter procurado as sedes dos parceiros sociais, depoisde 46 anos da Independência Nacional, nunca viu nenhum departamento ministerial a fazer esse efeito.

Considerou ser um sinal positivo, porque aprofunda as relações entre o Governo e os parceiros sociais.