O ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior afirmou, em Luanda, que o combate à corrupção trouxe mais abertura para novos investimentos ao país.

Manuel Nunes Júnior elogiou as acções feitas pela Procuradoria Geral da República e os Tribunais, no combate à corrupção que têm sido notáveis e louváveis a todos os títulos.

O ministro de Estado falava durante a Conferência Nacional sobre o Combate à Corrupção em Angola, realizada na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), que teve a presença dos ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, da procuradora-geral adjunta da República de Angola, Inocência Pinto e o inspector-geral adjunto da República de Angola, Eduardo Semente Augusto.

Manuel Nunes Júnior realçou que o combate aos crimes tem sido relacionados ao branqueamento de capitais, peculato, associação criminosa, participação económica em negócios, burla por defraudação, fraude fiscal, improbidade e falsificação de documentos.

O ministro de Estado frisou que não é fácil convencer os empresários estrangeiros a investir num país em que o primado da lei não é respeitado.

Reforçou ser preciso assegurar e criar confiança nas pessoas, de que ninguém na sociedade está acima da lei. “Todos devem respeito a lei, porque ela é para todos”.

Realçou que só num ambiente com essas características podem sobressair os talentos da sociedade nos vários domínios da vida e podemos ter uma sociedade competitiva e inovadora.

O ministro de Estado destacou que o combate à corrupção e a impunidade em Angola começa a mudar aos olhos do resto do mundo, no sentido positivo, tendo em conta que no passado não se fazia nada.

Disse ainda que o Tribunal de Contas redobrou a sua acção de fiscalização da legalidade das finanças públicas e de julgamento das contas, que tem permitido moralizar a execução financeira do Estado, diminuindo à margem para a corrupção e a execução irregular do Orçamento Geral do Estado.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica referiu que se as relações comerciais do Estado com as empresas forem estabelecidas com base no mérito e na capacidade das empresas, cria-se um ambiente de eficiência e faz-se uma boa alocação dos recursos, promovendo ganhos para todos, tanto para empresas como para as famílias e o próprio Estado.

Num ambiente contrário, referiu, as perdas são generalizadas, excepto para um pequeno punhado de agentes que alcançam benefícios pessoais com tais operações.